ADOREI AS ALMAS!!!!

Eles representam a humildade, força de vontade, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de ponto de referência para todos aqueles que necessitam: curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz. Não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado. Com seus cachimbos, fala pausada, tranqüilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e de religião.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

HISTÓRIA:


As grandes metrópoles do período colonial: Portugal, Espanha, Inglaterra, França, etc; subjugaram nações africanas, fazendo fazendo dos negros mercadorias, objetos sem direitos ou alma. Os negros africanos foram levados a diversas colônias espalhadas principalmente nas Américas e em plantações no Sul de Portugal e em serviços de casa na Inglaterra e França. Os traficantes coloniais utilizavam-se de diversas técnicas para poder arrematar os negros: Chegavam de assalto e prendiam os mais jovens e mais fortes da tribo, que viviam principalmente no litoral Oeste, no Centro-oeste, Nordeste e Sul da África. Trocavam por mercadoria: espelhos, facas, bebidas, etc. Os cativos de uma tribo que fora vencida em guerras tribais ou corrompiam os chefes da tribo financiando as guerras e fazendo dos vencidos escravos. No Brasil os escravos negros chegavam por Recife e Salvador, nos séculos XVI e XVII, e no Rio de Janeiro, no século XVIII.XVIII. Os primeiros grupos que vieram para essas regiões foram os bantos; cabindos; sudaneses; iorubás; geges; hauçá; minas e minas e malês. A valorização do tráfico negreiro, fonte da riqueza colonial, custou muito caro; em quatro séculos, do XV ao XIX, a África perdeu, entre escravizados e mortos 65 a 75 milhões de pessoas, e estas constituiam uma parte selecionada da população.


Arrancados de sua terra de origem, uma vida amarga e penosa esperava esses homens e mulheres na colônia: trabalho de sol a sol nas grandes fazendas de açúcar. Tanto esforço, que um africano aqui chegado durava, em média, de sete a dez anos! Em anos! Em troca de seu trabalho os negros recebiam três "pês": Pau, Pano e Pão. E reagiam a tantos tormentos suicidando-se, evitando a reprodução, assassinando feitores, capitães-do-mato e proprietários. Em seus cultos, os escravos resistiam, resistiam, simbolicamente, à dominação. A "macumba" era, e ainda é, um ritual de liberdade, protesto, reação à opressão. As rezas, rezas, batucadas, danças e cantos eram maneiras de aliviar a asfixia da escravidão. A resistência também acontecia na fuga das fazendas e na formação dos quilombos, onde os negros tentaram tentaram reconstituir sua vida africana. Um dos maiores quilombos foi o Quilombo dos Palmares onde reinou Ganga Zumba ao lado de seu guerreiro Zumbi (protegido de Ogum). Os negros que se adaptavam mais facilmente à nova situação recebiam tarefas mais especializadas, reprodutores, caldeireiro, carpinteiros, tocheiros, trabalhador na casa grande (escravos domésticos) e outros, ganharam alforria pelos seus senhores ou pelas leis do Sexagenário, do Ventre livre e, enfim, pela Lei Áurea. A Legião de espíritos chamados "Pretos-Velhos" foi formada no Brasil, devido a esse torpe comércio do tráfico de escravos arrebanhados da África. Estes negros aos poucos conseguiram envelhecer e constituir mesmo de maneira precária uma união representativa da língua, culto aos Orixás e aos antepassados e tornaram-se um elemento de referência para os mais novos, refletindo os velhos costumes da Mãe África.


Eles conseguiram preservar e até modificar, no sincretismo, sua cultura e sua religião. Idosos mesmo, poucos vieram, já que os escravagistas preferiam os jovens e fortes, tanto para resistirem ao trabalho braçal como às exemplificações com o látego. Porém, foi esta minoria o compêndio no qual os incipientes puderam ler e aprender a ciência e sabedoria milenar de seus ancestrais, tais como o conhecimento e emprego de ervas, plantas, raízes, enfim, tudo aquilo que nos dá graciosamente a mãe natureza. Mesmo contando com a religião, suas cerimônias, cânticos, esses moços logicamente não poderiam resistir à à erosão que o grande mestre, o tempo, produz sobre o invólucro carnal, como todos os mortais. Mas a mente não envelhece, apenas amadurece. Não podendo mais trabalhar duro de sol a sol, constituíram-se a nata da sociedade negra subjugada. Contudo, o peso dos anos é implacavelmente destruidor, como sempre acontece. O ato final da peça que encarnamos no vale de lágrimas que é o planeta Terra é a morte. Mas eles voltaram. A sua voltaram. A sua missão não estava ainda cumprida. Precisavam evoluir gradualmente no plano espiritual. Muitos ainda, usando seu linguajar linguajar característico, praticando os sagrados rituais do culto, utilizados desde tempos imemoriais, manifestaram-se em indivíduos previamente selecionados de acordo com a sua ascendência (linhagem), costumes, tradições e cultura. Teriam que possuir a essência intrínseca da civilização que se aprimorou após incontáveis anos de vivência.

Formação da Falange dos Pretos-Velhos na Umbanda

Depois de mortos, passaram a surgir em lugares adequados, principalmente para se manifestarem. Ao se incorporarem, trazem os Pretos-Velhos os sinais característicos das tribos a que pertenciam. Os Pretos-velhos são nossos Guias ou Protetores, mas no Candomblé, são considerados Eguns (almas desencarnadas), e e decorrente disso, só têm fio de conta (Guia) na Umbanda. Usam branco ou preto e?branco. Essas cores são usadas porque, sendo os Pretos-Velhos almas de escravos, lembram que eles só podiam andar de branco ou xadrez preto e branco, em sua maioria. Temos também a Guia de lágrima de Nossa Senhora, semente cinza com uma palha dentro. Essa Guia vem dos tempos dos cativeiros, porque era o material mais fácil de se encontrar na época dos escravos, cuja planta era encontrada em quase todos os lugares. O dia em que a Umbanda homenageia os Pretos-Velhos é 13 de maio, que é a data em que foi assinada a Lei Áurea (libertação dos escravos).

CARACTERÍSTICAS:

Irradiação: Todos os Pretos-Velhos vem na linha das Almas, mas cada um vem na irradiação de um Orixá diferente.

Dia da semana: Segunda-feira

Fumo: Cachimbos ou Cigarros de palha


BEBIDAS: vinho tinto, vinho moscatel, café preto, cachaça com mel, cachaça com suco de frutas...
(às vezes misturam ervas, sal, alho e outros elementos na bebida).

FRUTAS: Praticamente todas, varia de acordo com a entidade


VEGETAIS: aipim, batata, pinhão, feijão, pipoca, saladas, amendoim


VELA: casa linha tem a sua, mas na dúvida sempre se acende branca


ERVAS: Arruda, Guiné e Alevante


OFERENDAS: farofa de lingüiça, diversas frituras, aipim frito, farofa de carne, farofa de galinha, mexido de feijão, carne-sêca, café preto, sucos de frutas, cachaça, vinhos, ervas(arruda, guiné e alevante), pipocas, palheiro ou cigarro, fósforo, rosários, gostam também de terem um saquinho com tesoura, linha, agulha e pedacinhos de panos para fazerem suas mandingas, fitas brancas, etc...


CORES DAS GUIAS: nas cores da vibração da linha, rosários, contas de semente de dendê, de lágrimas de Nossa Senhora e outras sementes, favas, búzios, figas feitas de guiné ou arruda, dentes de animais,etc.

PRETO VELHO

Os pretos velhos são a força da sabedoria no domínio da magia. São um povo humilde, porém sábios e experientes feiticeiros.São originários do povo da costa, do Congo, de Angola, de Guiné, de Luanda e de Bengala. São um povo muito sofrido, portanto se quisermos conquistar sua admiração e confiança devemos trata-los com muito carinho, pois em sua vida terrena já sofreram muito com a escravidão. Embora pareçam alegres e divertidos em suas manifestações são realmente um povo sofrido.

SEU AXÉ: 9 ou 13


DIA DA SEMANA: Segunda-feira


DOMÍNIO: dominam o poder da feitiçaria, da magia, da sabedoria, consolam os aflitos, e valorizam o sofrimento humano.

Roupas: no geral usam Preta e branca; carijó (xadrez preto e branco). As Pretas-Velhas às vezes usam lenços na cabeça e/ou batas; e os Pretos-Velhos às vezes usam chapéude palha. Existem outras variações e cores:

Branco, vermelho e preto: povo de Luanda

Roxo com azul claro: Povo da costa

Branco e preto: povo do Congo, da Guiné e de Bengala

Branco e preto e as vezes vermelho: (=roxo) Povo de Angola

Roxo: povo de Moçambique


SAUDAÇÃO: Salve Preto Velho! Saravá...! Adorei as Almas!!...

O NOMES DOS PRETOS-VELHOS

Há muita controvérsia sobre o fato de o nome do Preto-Velho ser uma miscelânea de palavras portuguesas e africanas. Voltemos ao passado, na época que cognominamos "A Idade das Trevas" no Brasil, dos feitores e senhores, senzalas e quilombos, sendo os senhores feudais brasileiros católicos ferrenhos (devido à influência portuguesa) não permitiam a seus escravos a liberdade de culto. Eram obrigados a aprender e praticar os dogmas religiosos dos amos. Porém eles seguiram a velha norma: contra a força não há resistência, só a inteligência vence. Faziam seus rituais às ocultas, deixando que os déspotas em miniatura acreditassem estar eles doutrinados para o catolicismo, cujas cerimônias assistiam forçados. As crianças escravas recém-nascidas, na época, eram batizadas duas vezes. A primeira, ocultamente, na nação a que pertenciam seus pais, recebendo o nome de acordo com a seita. A segunda vez, na pia batismal católica, sendo esta obrigatória e nela a criança recebia o primeiro nome dado pelo seu senhor, sendo o sobrenome composto de cognome ganho pela Fazenda onde nascera (Ex.: Antônio da Coroa Grande), ou então da região africana de onde vieram (Ex.: Joaquim D'Angola). O termo "Velho", "Vovô" e "Vovó" é para sinalizar sua experiência, pois quando pensamos em alguém mais velho, como um vovô ou uma vovó subentendemos que essa pessoa já tenha vivido mais tempo, adquirindo assim sabedoria, paciência, compreensão. É baseado nesses fatores que as pessoas mais velhas aconselham. No mundo espiritual é bastante semelhante, a grande característica dessa linha é o conselho.É devido a esse fator que carinhosamente dizemos que são os "Psicólogos da Umbanda".

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

PRETOS VELHOS E ORIXÁS...



PRETO-VELHOS DE OGUM
São mais rápidos na sua forma incorporativa e sem muita paciência com o médium e as vezes com outras pessoas que estão cambonando e até consulentes. São diretos na sua maneira de falar, não enfeitam muito suas mensagens, as vezes parece que estão brigando, para dar mesmo o efeito de "choque", mais são no fundo extremamente bondosos tanto para com seu médium e para as outras pessoas. São especialistas em consultas encorajadoras , ou seja, mera dose de coragem e segurança para aqueles indecisos e "medrosos". É fácil pensar nessa característica pois Ogum é um Orixá considerado corajoso.


PRETO-VELHOS DE OXUM
São mais lentos na forma de incorporar e até falar. Passam para o médium uma serenidade inconfundível. Não são tão diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa para que uma verdade dolorosa possa ser escutada de forma mais amena, pois a finalidade não é "chocar" e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o assunto que está sendo falado. São especialistas em reflexão, nunca se sai de uma consulta de um Preto-velho de Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior. As vezes é comum sair até mais confuso do que quando entrou, mais é necessário para a evolução daquela pessoa.


PRETO-VELHOS DE XANGÔ

São raros de ver, contudo devemos também conhece-los.
Sua incorporação é rápida como as de Ogum. Assim como os caboclos de Xangô, trabalham para causas de prosperidade sólida, bens como casa própria, processo na justiça e realizações profissionais. Passam seriedade em cada palavra dita. Cobram bastante de seus médiuns e consulentes.


PRETO-VELHOS DE IANSÃ
São rápidos na sua forma de incorporar e falar. Assim como os de Ogum, não possuem também muita paciência para com as pessoas. Essa rapidez é facilmente entendida, pela força da natureza que os rege, e é essa mesma força lhes permite uma grande variedade de assuntos com os quais ele trata, devido a diversidade que existe dentro desse único Orixá. Esses Preto-velhos retribuem ao médium principalmente a defesa, são rápidos na ajuda. Se cobram a honestidade do seu médium no momento da consulta, não admitem que desconfiem dele (médium). Mesmo assim eles também possuem uma especialidade. Geralmente suas consultas são de impacto, trazendo mudança rápida de pensamento para a pessoa. São especialistas também em ensinar diretrizes para alcançar objetivos, seja pessoal, profissional ou até espiritual. Entretanto, é bom lembrar que sua maior função é o descarrego. É limpar o ambiente, o consulente e demais médiuns do terreiro, de eguns ou espíritos de parentes e amigos que já se foram, e que ainda não se conformaram com a partida permanecendo muito próximos dessas pessoas.


PRETO-VELHOS DE OXOSSI
São os mais brincalhões, suas incorporações são alegres e um pouco rápidas. Esses Preto-velhos geralmente falam com várias pessoas ao mesmo tempo. Possuem uma especialidade: A de receitar remédios naturais, para o corpo e a alma, assim como emplastos, banhos e compressas, defumadores, chás, etc... São verdadeiros químicos em seus tocos. - Afinal não podiam ser diferentes, pois são alunos do maior "químico" - Oxossi.


PRETO-VELHOS DE NANÃ
São raros, assim como os filhos desse Orixá.
Sua maneira de incorporação é de forma mais envelhecida ainda. Lenta e muito pesada. Enfatizando ainda mais a idade avançada. Falam rígido, com seriedade profunda. Não brincam nas suas consultas e prezam sempre o respeito, tanto do médium quanto do consulente, e pessoas a volta como: cambonos e pessoas do terreiro em geral e principalmente do pai ou da mãe de santo.
Cobram muito do seu médium, não admitem roupas curtas ou transparentes, mesmo para médiuns homens. Seu julgamento é severo. Não admite injustiça com seu médium. Costumam se afastar dos médiuns que consideram de "moral fraca". Mais prezam demais a gratidão, de uma forma geral. Podem optar por ficar numa casa, se seu médium quiser sair, se julgar que a casa é boa, digna e honrada. É difícil a relação com esses guias, principalmente quanto há discordância, ou seja, não são muito abertos a negociação no momento da consulta.
São especialistas em conselhos que formem moral, e entendimento do nosso carma, pois isso sem dúvida é a sua função. Atuam também como os de Inhasã e Omulú, conduzindo Eguns.


PRETO-VELHOS DE OBALUAÊ
São simples em sua forma de incorporar e falar. Exigem muito de seus médiuns, tanto na postura quanto na moral. Defendem quem é certo ou quem está certo, independente de quem seja, mesmo que para isso ganhem a antipatia dos outros. Agarram-se a seus "filhos" com total dedicação e carinho, não deixando no entanto de cobrar e corrigir também. Pois entendem que a correção é uma forma de amar. Devido a elevação e a antiguidade do Orixá para o qual eles trabalham, acabam transformando suas consultas em conselhos totalmente diferenciados dos demais Preto-velhos. Ou seja, se adaptam a qualquer assunto e falam deles exatamente com a precisão do momento. Como trabalha para Obaluaê, e este é o "dono das almas", esses Preto-velhos são geralmente chefes de linha e assim explica-se a facilidade para trabalhar para vários assuntos. Sua "visão" é de longo alcance para diversos assuntos, tornando-os capazes de traçar projetos distantes e longos para seus consulentes. Tanto pessoal como profissional e até espiritual. Assim exigem também fiel cumprimento de suas normas, para que seus projetos não saiam errado, para tanto, os filhos que os seguem, devem fazer passo a passo de tudo que lhe for pedido, apenas confiando nesses Preto-velhos. Quando o filho não faz isso, costumam tirar o que já lhe deu, para que o mesmo repense a importância desse Preto-velho em sua vida.
Gostam de contar histórias para enriquecer de conhecimento o médium e as pessoas a volta.
Não trabalham para saúde (essa função é do Erê de Obaluaê). Salvo se essa doença for proveniente de "trabalhos feitos - macumba".


PRETO-VELHOS DE YEMANJÁ
São belos em suas incorporações, contudo mantendo uma enorme simplicidade. Sua fala é doce e meiga. Possuem a paciência das mães e a compreensão também. Cobram pouco de seus médiuns, apenas que eles cumpram a caridade sempre por amor nunca por obrigação. Sua especialidade maior é sem dúvida os conselhos sobre laços espirituais e familiares. Gostam também de trabalhar para fertilidade de um modo geral, e especialmente para as pessoas que desejam engravidar. Utilizando o movimento das ondas do mar, são excelentes para descarregos e passes. Cobram dos seus médiuns que lutem para ter um casamento feliz e sólido, pois para eles só assim poderão ajudar a outras pessoas nesse sentido, já que seu médium já vive essa realidade.


PRETO-VELHOS DE OXALÁ
São bastante lentos na forma de incorporare tornam-se belos principalmente pela simplicidade contida em seus gestos. Raramente dão consulta, sua maior especialidade é o passe de energização. Cobram também bastante de seus médiuns, principalmente no que diz respeito a prática de caridade, assiduidade no terreiro e vaidade.

ALGUNS NOMES DE PRETOS VELHOS:


Eis aqui, o nome de alguns Pretos Velhos:

Pai Anacleto, Pai Antônio, Vovô Agripino, Pai Benedito, Pai Benguela, Pai Caetano, Pai Cipriano, Pai Congo, Pai Dindó, Pai Fabrício das Almas, Pai(Vovô) Firmino D'Angola, Pai Francisco, Pai Gregório, Pai Guiné, Vovô Gumercindo, Pai Jacó, Vovô Jeremias, Pai Jerônimo, Pai João, Pai João Baiano, Pai Joaquim, Pai Jobá, Pai Jobim, Pai José D'Angola, Pai Julião, Vovô Jurandir, Pai Malaquias, Pai Mané, Pai Miguel D'Arruda, Pai Roberto, Pai Serafim, Pai Serapião, Pai Severino, Pai Tomaz, Pai Tomé, Pai Zé.
Vovó Acácia, Vovó Ana, Vovó Anastácia, Vovó Cambinda (ou Cambina), Vovó Filó, Vovó Carolina, Tia Chica, Vó Ditinha, Vovó Barbina, Mãe Benedita, Mãe Cassiana, Vovó Francisca, Vovó Luíza, Vovó Maria Conga, Mãe Maria D'Aguine, Vovó Manuela, Vovó Chica, Vovó Ana, Tia Joana, Vovó Maria, Vovó Maria Maria Redonda, Vovó Catarina, Vovó Luiza, Vovó Rita, Vovó Gabriela, Vovó Quitéria, Vovó Mariana, Vovó Maria da Serra, Vovó Maria de Minas, Vovó Rosa da Bahia, Vovó Maria do Rosário, Vovó Benedita, Mãe Terezinha D'Angola, Tia Zefinha
Obs: Normalmente os Pretos Velhos tratados por Vovô ou Vovó são mais velhos do que aqueles tratados por Pai, Mãe, Tio ou Tio ou Tia.

História de Pai Benedito


Pai Benedito de Angola é um velhinho bem simpático, de poucas falas, tem os cabelos e a barba bem branquinhos, olhos castanhos claros e bem negro. Viveu em Angola entre o ano de 1608 a 1630, logo depois foi vendido como escravo para fazendeiros brasileiros. Viveu sempre em cativeiro, trabalhando na lavoura de cana-de-açúcar. Naquele tempo já possuía o dom da cura, pois com as ervas já curava os ferimentos de seu povo, que eram feitos através das chibatas dos feitores e do trabalho árduo dos engenhos.Pai Benedito teve muitos filhos e netos, bisnetos, etc... Morreu aos 98 anos de velhice, cansado daquela vida. Mas antes de morrer tinha esperança na libertação de seu povo e de uma vida digna, em liberdade. Por serem espíritos que sofreram aqui na terra, são espíritos calmos, de muita sapiência, pois na época a única coisa que possuíam era à força de nosso Pai. Na falange dos Pretos Velhos, é benzedor, mandingueiro, usa ervas e mel em seus trabalhos. Fuma cigarro de palha, cachimbo e às vezes charutos, toma água com mel e marafo com mel. Gosta de um bom feijão com farinha e rapadura. Seu temperamento é paciente, bom conselheiro, não fala muito. Não aprecia curiosidade inútil. Trabalha na umbanda e na quimbanda junto com Omulú, quando tem mandinga para ser tirada. Não gosta de injustiça, traição e nem orgulho e soberba de filho que trabalha em cajuá e nem de consulentes.Usa uma guia de contas de Nossa Senhora com crucifixo de madeira e duas figas uma de arruda e outra de guiné preta e vermelha ou preta e branca. Trabalha com o médium há algumas encarnações. Tem como cambone espiritual Pai Tomé que assume os trabalhos quando está na Quimbanda. Pai Benedito de Angola, trabalha para o homem físico no mundo material e no mundo espiritual, com as ervas de Oxóssi. Na Umbanda e na Quimbanda seus trabalhos são feitos nas matas e no cemitério, cruzeiros das almas.

Breve História de Pai Firmino


“É Congo, é congo, é congo, é congo, é congo Ê.
Gira na linha de congo ô lelé, trabalha que eu quero vê.
Pai Firmino é preto do congo, do congo, congo ê.
Trabalha na linha de congo, meu preto,
trabalha que eu quero vê”

Pai Firmino tem sua linhagem nos negros do Congo e Angola que vieram para o Brasil.
Viveu na Bahia, em Ilhéus, trabalhou na lavoura do café. Era negro arredio, não gostava de receber ordens. Desde muito jovem sempre tentava fugir. Sofreu muito. Andou muito, seus pés eram grandes e inchados de tanto que corria, andava e fugia pelo interior da Bahia, chegando em Itabuna. Ainda jovem foi trazido para Pernambuco, trabalhando no canavial de sol a sol. Se o tronco e a chibata do feitor não resolvesse, a palha da cana se encarregava do resto. Foi aí que negro aprendeu que não adiantava a revolta, ela piorava ainda mais as coisas. Aprendeu a usar sua energia de negro valente na defesa de seu povo que com que ele vivia no Engenho. Ensinava ao povo a servir, contendo seus impulsos e a reverenciar os Orixás através das forças da natureza. Conhecia muitas ervas durante suas andanças e magias. Gostava de garapa de cana, vinho moscatel, tutu com carne de sol. Morreu jovem, com 75 anos.

Uma História de Pai Gregório

(Esta história é contada lá na Bahia)
Arcado, pelo sofrimento e pelo peso da idade, pois ele diz que morreu com cerca de noventa anos, chega sempre quando as coisas precisam se acalmar e tomar novos rumos. Prefere ao se incorporar em seu médiun, se apoiar em sua bengala, e receber seu pito, seu cachimbo, para relembrar os tempos de terra. Usa preferencialmente guias de lágrimas de nossa senhora a que ele chama de rosário de pai preto. Pai Gregório , gosta muito de ouvir histórias e causos ao término de seus trabalhos, mas se elas não chegam, ele mesmo as conta, como um velho vovô, conta aos seus nétinhos. Em determinada sessão o bondoso preto velho conta umas passagens de sua vida: Nasceu escravo em uma senzala nos confins bahianos, viveu a cata de cacau e cana de açucar em sua vida, e quando veio a lei Aurea ele estava velho demais para aproveitar a liberdade e conseguir seu sustento, então foi viver com os padres que o utilizavam para tirar esmolas nas saidas das missas, nem tudo foi ruim, ressalta, pois ele aprendeu muitas rezas e orações com os home de batina preta. Pai Gregório não gosta de fazer maldades, mas as desmancha como ninguém, grande rezador ele gosta de ajudar os outros". Suas comidas preferidas: bolo de milho ou de fubá, café preto sem açucar, vinho tinto suave, rapadura de coco, tutu com carne seca e couve e chá de cacau. Quem quizer lhe dar uma oferenda, deixe algumas destas coisas embaixo de uma árvore solitária no campo, pois o bom velhinho gosta de ficar sentado ali meditando e vendo seus filhos passarem. Pai Gregório ouve a mente de teu filho proteje aqueles que estão angustiados, mostra-lhes as soluções para seus problemas e abençoa a minha familia. Ao deixar a oferenda reze um pai nosso, ele acompanhará você nesta oração e você se sentira mais confortado e verá que tudo vai melhorar.

História de VOVÓ MARIA CONGA


Cenas de exaustivo trabalho em plantações de cana. É nisso que Vovó Maria Conga parece estar constantemente envolvida. Gosta de doces, cocada branca em especial, mas não dá demonstrações de ter sido esta sua principal ocupação na encarnação como escrava.
Sentada em um toco de madeira no terreiro contou, certa vez, alguns fatos de sua vida em terra brasileira.

Começou dizendo que só o fato de podermos conviver com nossos filhos é uma grande dádiva. Naquele tempo as negras eram destinadas, entre outras coisas, a procriar, a gerar filhos que delas eram afastados muito cedo, até mesmo antes de serem desmamados. Outras negras alimentavam sua cria, assim como tantos outros “filhotes” foram alimentados pela Mãe Conga. Quase todas as mulheres escravas se transformavam em mães; cuidavam das crianças que chegavam à fazenda, rezando para que seus próprios filhos também encontrassem alento aonde quer que estivessem.

Os orixás africanos, desempenhavam papel fundamental nesta época. Diferentes nações africanas que antes guerreavam, foram obrigadas a se unir na defesa da raça e todos os orixás passaram a trabalhar para todo o povo negro. As mães tomavam conhecimento do destino de seus filhos através das mensagens dos orixás. Eram eles que pediam oferendas em momentos difíceis e era a eles que todos recorriam para afastar a dor.

Maria Conga teve que se utilizar de algumas “mirongas” para deixar de ser uma reprodutora, e assim, pelo fato de ainda ser uma mulher forte, restou-lhe a plantação de cana. A colheita era sempre motivo para muito trabalho e uma espécie de algazarra contagiava o lugar. Enquanto as mulheres cortavam a cana, as crianças, em total rebuliço, arrumavam os fardos para que os homens os carregassem até o local indicado pelo feitor. Foi numa dessas ocasiões que Maria Conga soube que um dos seus filhos, afastado dela quando já sabia andar e falar, era homem forte, trabalhando numa fazenda próxima.

Seu coração transbordou de alegria e nada poderia dissuadi-la da idéia de revê-lo. Passou então a escapar da fazenda, correndo de sol a sol, para admirar a beleza daquele forte negro. Nas primeiras vezes não teve meios de falar com ele, mas os orixás ouviram suas súplicas e não tardou para que os dois pudessem se abraçar e derramar as lágrimas por tanto tempo contidas. Parecia a ela que eles nunca tinham se afastado, pois o amor os mantivera unidos por todo o tempo.
Certa tarde, quase chegando na senzala, a negra foi descoberta. Apanhou bastante, mas não deixou de escapar novamente para reencontrar seu filho. Mais uma vez os brancos a pegaram na fuga, e como ela ainda insistisse uma terceira vez resolveram encerrar a questão: queimaram sua perna direita, um pouco acima da canela, para que ela não mais pudesse correr.

Impossibilitada de ver o filho, com menor capacidade de trabalho, a Vó Maria Conga virou parteira da senzala, passou a cuidar das crianças negras, e de seus doentes. Seu coração se encheu de tristeza ao saber que haviam matado seu filho quando tentava fugir para vê-la.Sua vida mudou. De alegre e tagarela passou a ser muito séria, cuidando do que falava até mesmo com os outros negros. Para as crianças contava histórias de reis negros em terras negras, onde não havia outro senhor. Sábia, experiente e calada, Vovó Maria Conga desencarnou.
Com lágrimas na alma ela acabou seu conto. Disse que só entendeu a medida do amor após a sua morte. Seu filho a esperava sorrindo, guardião que fora da mãe o tempo todo em que aguardava seu retorno ao mundo dos espíritos.

História de Pai Prêto (Pai Jeremias)


Com a implantação de fazendas de gado e cultura em Solo brasileiro, muitas vezes, ou quase sempre sacerdotes do Culto africano chegavam trazidos como escravos pelos navios de Contrabandistas que ganhavam a vida destruindo a de outros, entre Estes vindos de tão longe e com a missão dada por Oxalá de divulgar sua religião engrandecendo outras terras com sua sabedoria e bondade. Entre estes chegava, então, um jovem que estava Predestinado a ensinar amor e sabedoria. Ainda, menino foi Introduzido no trabalho árduo e sem trégua. Por sua bondade e sabedoria logo cativou a todos, até mesmo seus senhores, que, percebendo sua condição de tratar com animais feridos ou doentes, solicitavam sempre seus serviços, logo estando este Que seria um sacerdote em sua terra, curando e tratando pessoas a Pedido de seus senhores. Era ele, então, tratado diferente em Meio a tanta crueldade.Com esta oportunidade tinha, então, condição de cuidar dos seus, como predisse um escravo já velho que morrerá em suas mãos: seria ele chamado de pai pelos outros, por sua bondade de empenho em socorrer a todos, não importando se era escravo ou branco. Todos eram socorridos por Pai Preto, como era chamado pelos brancos. A fama de pai preto Correu longe em solo brasileiro, tanto que chegou, sem tardar, ao conhecimento dos missionários, vindos para catequizar os povos da nova terra. Pai Preto tinha, então, 85 anos, já velho e quase não mais conseguia andar, o que não impedia de continuar com suas curas e benzeduras. Mas chegou a ordem, e a orientação: Pai Preto era "feiticeiro" e devia morrer como todos de sua época. Os seus antigos senhores não tiveram coragem de cumprir a missão e então combinaram de esconder Pai Preto e este ficaria assim até a morte, cuidando, é claro, dos interesses de seus senhores. Mas Pai Preto, que nunca soube dizer não ou se intimidar por qualquer perigo, não se deteve e continuou com suas mirongas, suas rezas e sua caridade sem fim. Logo a notícia correu, seria um fantasma ou quem sabe ele teria ressuscitado para desafiar quem mandava? Nova ordem chegou: Então o "feiticeiro" deveria ser desenterrado e sua cabeça arrancada do corpo e enterrada em outro local, somente assim o "mal" deixaria de existir. Aqueles que tentaram esconder Pai Preto, agora com medo, decidiram matá-lo e cumprir o que lhes foi ordenado. Tendo assim, aos 86 anos, Pai Preto deixado o plano físico para trabalhar com suas mirongas em planos mais elevados. Hoje nós que aprendemos a amar a umbanda, com toda sua sabedoria, aprendemos sempre um pouco com aqueles que deixaram esta grande lição de vida e humanidade. Pai Preto É hoje para nós PAI JEREMIAS DO CRUZEIRO, que, ao lado de Omulu, traz a cura para os sofredores dos dois planos. Pai Jeremias recebeu de Oxossi o direito de trabalhar em sua vibração, o que para nós é motivo de mais felicidade, Pois como raizeiro e conhecedor das matas levou para o plano Espiritual este conhecimento para a benção dos filhos da Terra. Salve Pai Jeremias! Salve todos os Pretos Velhos! Adorei as Almas!

Alguns Pontos de Pretos Velhos

PAI GREGÓRIO ANDA NOITE E DIA,
CONHECE O MUNDO CONHECE A MAGIA
ELE MORA LÁ NA ÁFRICA, ELE MORA NA BAHIA
ELE MORA JUNTO COM AS ALMAS,
NO ROSÁRIO DA VIRGEM MARIA

É NAGÔ É, É NAGÔ É, É NAGÔ É,
É NAGÔ É, É NAGÔ É, É NAGÔ É...
SE ELE É FILHO DE NAGÔ, SEU PADRINHO É SÃO JOSÉ
SE ELE É FILHO DE NAGÔ, SEU PADRINHO É SÃO JOSÉ...


Lá vem vovó descendo a serra com sua sacola.
Vem com o seu rosário, com seu patuá, ela vem de Angola
Eu quero ver vovó, Eu quero ver...
Eu quero ver Ser filho de pemba tem querer.

Aruê PAI BENEDITO.
La nas matas tem folhas tem rosário de Nossa Senhora,(bis)
Aruê Pai Benedito, Pai Benedito, Benedito de Angola.
Aruê Pai Benedito, Pai Benedito VALEI-ME NESTA HORA.(bis)

MINHA CACHIMBA TEM MIRONGA, MINHA CACHIMBA TEM DENDÊ (2x)
QUEM DUVIDA DA MINHA CACHIMBA, QUE VENHA VER , QUE VENHA VER (2x)

Vovó não quer casca de coco no terreiro. Vovó não quer casca de coco no terreiro. Prá não lembrar o tempo do cativeiro. Prá não lembrar o tempo do cativeiro.

UM PONTO DE BAHIA
Bahia, Oh! África vem cá nos ajudar... (2x)
Força Bahiana, Força Africana, Força DivinaVem cá, vem cá.
Salve o povo de Bahia!!!Adorei as Almas!

As almas já acenderam o candeeiro, eh eh... lá no fundo do mar....(3x)
Quem e aquele velhinho que vem no caminho andando devagar, com seu cachimbo na boca puxando a fumaça, soltando pro ar Ele é do cativeiro é o Vovô Firmino, ele é mirongueiro (2x)

Andou sete noites, andou sete dias
Pai Firmino D'Angola, veio com a Virgem Maria.

BLEM BLEM BLEM! BATERAM NA PORTA DO CÉU!
BLEM BLEM BLEM! SÃO PEDRO ABRIU PRA VER QUEM É!
MAS ERAM AS ALMAS, SANTAS BENDITAS
QUE SE PESAVAM NA BALANÇA MIGUEL!

Vovó tem 7 saias na última saia tem mironga.
Vovó veio de Angola pra salvar filhos de umbanda..
com seu patuá e a figa de guiné
Vovó veio de Angola pra salvar filhos de fé!

Pai Benedito arreia uma vez só,
Ele trabalha com galinho carijó,
oi bota milho pro pintinho no terreiro,
não se meta com esse velho que esse velho é feiticeiro.

Chora meu cativeiro, meu cativeiro,meu cativerá (2x)
No tempo da escravidão, era quando o senhor me batia,
eu gritava por Nossa Senhora Meu Deus, como a pancada doía...

SENHORA DO ROSÁRIO, FOI QUEM ME TROUXE AQUI (2x)
A ÁGUA DO MAR É SANTA, EU VI, EU VI, EU VI (2x)

Seu cachimbo está no toco, manda moleque buscar(2x)
No alto da derrubada seu cachimbo ficou lá.(2x)

Ponto de Maria Conga
No terreiro do meu pai tem pemba, no terreiro do meu pai tem mironga
é no terreiro do meu pai que eu quero ver a velha Maria Conga(2x)

É o vento que balança a folha guiné, é o vento quer balança a folha ... (2x)
é é é é Pai Guiné.. é o vento que balança a folha ... (2x)

CAMINHOU CAMINHOU, PRETO VELHO CAMINHOU (2x)
LÁ NA ARUANDA MAIOR, PRETO VELHO CAMINHOU (2x)


Meu Santo Antonio é pequenino auê...
me abre as portas do céu auê...
Cambinda velha estremeceu auê... mas não caíu no mundel
Segura o touro cambinda, amarra no mourão…
Que o touro e bravo Cambinda, não deixa fugir não…

Com dendê, com dendê. Preto velho trabalha com dendê
Agora que eu quero ver. Preto Velho trabalha com dendê.


Preto na senzala bateu sua caixa deu viva a iaiá
Preto na senzala bateu sua caixa deu viva a ioiô (2x)
Viva iaiá- viva ioiô- viva Nossa Senhora o cativeiro se acabou (2x)

EU JÁ PLANTEI CAFÉ DE MEIA, EU JÁ PLANTEI CANAVIÁ, CAFÉ DE MEIA NÃO DÁ LUCROSINHA DONA CANAVIÁ, BOM LUCRO DÁ(OI DEIXA A UMBANDA MELHORAR)DEIXA A UMBANDA MELHORAR DEIXA A UMBANDA MELHORAR DEIXA A UMBANDA MELHORAR FILHOS DE FÉ DEIXA A UMBANDA MELHORAR

Que preto é esse ô calunga, que chegô agora calunga(2x)
É Pai Joaquim ô calunga, que veio da Angola, calunga...


A fumaça do caximbo da vovó, sobe, sobe que nem chaminé(2x)
Velha trabaia, trabaia, trabaia, mironga da velha ta di baixo do pé(2x)

Congo ê, Congo ê, Congo de sassaravá, Congo de sassaravá,
Segura seus filhos que Deus é maior...

ADOREI AS ALMAS, AS ALMAS ME ATENDERAM (2x)
ERAM AS ANTAS ALMAS, LÁ DO CRUZEIRO (2x)

Vamos levantar o Cruzeiro de Jesus (2x)
No céu, no céu, no céu da Santa Cruz (2x)

AIUÊ MEU CATIVEIRO, MEU CATIVEIRO MEU CATIVERÁ(2x)

PRETO VELHO ESTAVA CANSADO,
IA PRÁ SENZALA E BATIA O TAMBOR
PRETO VELHO DAVA VIVA A IAIÁ,
DAVA VIVA A SINHÁ, DAVA VIVA AO SINHÔ

Bate tambor lá na Angola, bate tambor,
Bate tambor lá na Angola, bate tambor.. (bis)
Bate tambor, Pai Joaquim*... Bate tambor, Pai Gregório*...
Bate tambor, Pai Mané*... Bate tambor, Pai Firmino...
(*coloca-se o nome dos pretos velhos da casa)

Preto velho tá cansado de tanto trabaiá,
Preto velho tá cansado de tanto curimbá
O risca ponto, risca pemba Que é longa a caminhada,
Quem tem fé tem tudo, Quem não tem fé não tem nada.......

Saias de babado, Pimenta da costa, Colares e guias (2x)
É uma Preta Velha toda enfeitada Ela vem da Bahia


É Congo é Undelê, Undelê é o Rei de Congo. É Congo é Undelê, Undelê é o Naruê. (2x)

Léo léo, léo léô, Rei de Congo leléo, Rei de Congo leleô... (bis)

SENHORA DO ROSÁRIO
Senhora do Rosário, Foi quem me trouxe aqui.(2x)
A água do mar é santa,Eu vi, eu vi, eu vi. (2x)


Caminhou, caminhou, Preto-Velho caminhou. (2x)
Lá na Aruanda Maior, Preto-Velho caminhou. (2x)


SUNCÊ VAI GANHÁ
Meu pito tá apagado, Minha marafa acabou,
Vou trabaiá pra suncê, Porque sou trabaiadô. (bis)
Eu vou trabaiá, Suncê vai ganhá,
Muito bongo meu fio, E depois vem me pagá. (2x)

RETIRADA DE PRETO-VELHO
A sineta do céu bateu, Oxalá já diz que é hora. (2x)
Eu vou, eu vou, eu vou, Fica com Deus e Nossa Senhora. (2x)

COZINHA RITUALÍSTICA

Mingau das Almas:

É um mingau feito de maizena e leite de vaca (às vezes com leite de coco), sem açúcar ou sal, colocado em tigela de louça branca. É comum colocar-se uma cruz feita de fitas pretas sobre esse mingau, antes de entregá-lo na natureza.


Bolinhos de Tapioca:

Os bolinhos de tapioca são feitos colocando-se a tapioca de molho em água quente (ou leite de coco, se preferir), de modo a inchar. Quando inchado, enrole os bolinhos em forma de croquete e passe-os em farinha de mesa crua. Asse na grelha. Colocar os bolinhos em prato de louça branca podendo acrescentar arruda, rapadura, fumo de rolo, etc.


Obs: Nas sessões festivas de Pretos-Velhos, é usual servir a tradicional feijoada completa, feita de feijao preto, miúdos e carne salgada de boi, acompanhada de couve à mineira e farofa.