sexta-feira, 17 de outubro de 2008
HISTÓRIA:
Formação da Falange dos Pretos-Velhos na Umbanda
CARACTERÍSTICAS:
Dia da semana: Segunda-feira
Fumo: Cachimbos ou Cigarros de palha
FRUTAS: Praticamente todas, varia de acordo com a entidade
VEGETAIS: aipim, batata, pinhão, feijão, pipoca, saladas, amendoim
VELA: casa linha tem a sua, mas na dúvida sempre se acende branca
OFERENDAS: farofa de lingüiça, diversas frituras, aipim frito, farofa de carne, farofa de galinha, mexido de feijão, carne-sêca, café preto, sucos de frutas, cachaça, vinhos, ervas(arruda, guiné e alevante), pipocas, palheiro ou cigarro, fósforo, rosários, gostam também de terem um saquinho com tesoura, linha, agulha e pedacinhos de panos para fazerem suas mandingas, fitas brancas, etc...
CORES DAS GUIAS: nas cores da vibração da linha, rosários, contas de semente de dendê, de lágrimas de Nossa Senhora e outras sementes, favas, búzios, figas feitas de guiné ou arruda, dentes de animais,etc.
PRETO VELHO
SEU AXÉ: 9 ou 13
DIA DA SEMANA: Segunda-feira
DOMÍNIO: dominam o poder da feitiçaria, da magia, da sabedoria, consolam os aflitos, e valorizam o sofrimento humano.
Roupas: no geral usam Preta e branca; carijó (xadrez preto e branco). As Pretas-Velhas às vezes usam lenços na cabeça e/ou batas; e os Pretos-Velhos às vezes usam chapéude palha. Existem outras variações e cores:
Branco, vermelho e preto: povo de Luanda
Roxo com azul claro: Povo da costa
Branco e preto: povo do Congo, da Guiné e de Bengala
Branco e preto e as vezes vermelho: (=roxo) Povo de Angola
Roxo: povo de Moçambique
SAUDAÇÃO: Salve Preto Velho! Saravá...! Adorei as Almas!!...
O NOMES DOS PRETOS-VELHOS
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
PRETOS VELHOS E ORIXÁS...
São mais rápidos na sua forma incorporativa e sem muita paciência com o médium e as vezes com outras pessoas que estão cambonando e até consulentes. São diretos na sua maneira de falar, não enfeitam muito suas mensagens, as vezes parece que estão brigando, para dar mesmo o efeito de "choque", mais são no fundo extremamente bondosos tanto para com seu médium e para as outras pessoas. São especialistas em consultas encorajadoras , ou seja, mera dose de coragem e segurança para aqueles indecisos e "medrosos". É fácil pensar nessa característica pois Ogum é um Orixá considerado corajoso.
São mais lentos na forma de incorporar e até falar. Passam para o médium uma serenidade inconfundível. Não são tão diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa para que uma verdade dolorosa possa ser escutada de forma mais amena, pois a finalidade não é "chocar" e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o assunto que está sendo falado. São especialistas em reflexão, nunca se sai de uma consulta de um Preto-velho de Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior. As vezes é comum sair até mais confuso do que quando entrou, mais é necessário para a evolução daquela pessoa.
Sua incorporação é rápida como as de Ogum. Assim como os caboclos de Xangô, trabalham para causas de prosperidade sólida, bens como casa própria, processo na justiça e realizações profissionais. Passam seriedade em cada palavra dita. Cobram bastante de seus médiuns e consulentes.
São rápidos na sua forma de incorporar e falar. Assim como os de Ogum, não possuem também muita paciência para com as pessoas. Essa rapidez é facilmente entendida, pela força da natureza que os rege, e é essa mesma força lhes permite uma grande variedade de assuntos com os quais ele trata, devido a diversidade que existe dentro desse único Orixá. Esses Preto-velhos retribuem ao médium principalmente a defesa, são rápidos na ajuda. Se cobram a honestidade do seu médium no momento da consulta, não admitem que desconfiem dele (médium). Mesmo assim eles também possuem uma especialidade. Geralmente suas consultas são de impacto, trazendo mudança rápida de pensamento para a pessoa. São especialistas também em ensinar diretrizes para alcançar objetivos, seja pessoal, profissional ou até espiritual. Entretanto, é bom lembrar que sua maior função é o descarrego. É limpar o ambiente, o consulente e demais médiuns do terreiro, de eguns ou espíritos de parentes e amigos que já se foram, e que ainda não se conformaram com a partida permanecendo muito próximos dessas pessoas.
São os mais brincalhões, suas incorporações são alegres e um pouco rápidas. Esses Preto-velhos geralmente falam com várias pessoas ao mesmo tempo. Possuem uma especialidade: A de receitar remédios naturais, para o corpo e a alma, assim como emplastos, banhos e compressas, defumadores, chás, etc... São verdadeiros químicos em seus tocos. - Afinal não podiam ser diferentes, pois são alunos do maior "químico" - Oxossi.
São raros, assim como os filhos desse Orixá.
Sua maneira de incorporação é de forma mais envelhecida ainda. Lenta e muito pesada. Enfatizando ainda mais a idade avançada. Falam rígido, com seriedade profunda. Não brincam nas suas consultas e prezam sempre o respeito, tanto do médium quanto do consulente, e pessoas a volta como: cambonos e pessoas do terreiro em geral e principalmente do pai ou da mãe de santo.
Cobram muito do seu médium, não admitem roupas curtas ou transparentes, mesmo para médiuns homens. Seu julgamento é severo. Não admite injustiça com seu médium. Costumam se afastar dos médiuns que consideram de "moral fraca". Mais prezam demais a gratidão, de uma forma geral. Podem optar por ficar numa casa, se seu médium quiser sair, se julgar que a casa é boa, digna e honrada. É difícil a relação com esses guias, principalmente quanto há discordância, ou seja, não são muito abertos a negociação no momento da consulta.
São especialistas em conselhos que formem moral, e entendimento do nosso carma, pois isso sem dúvida é a sua função. Atuam também como os de Inhasã e Omulú, conduzindo Eguns.
São simples em sua forma de incorporar e falar. Exigem muito de seus médiuns, tanto na postura quanto na moral. Defendem quem é certo ou quem está certo, independente de quem seja, mesmo que para isso ganhem a antipatia dos outros. Agarram-se a seus "filhos" com total dedicação e carinho, não deixando no entanto de cobrar e corrigir também. Pois entendem que a correção é uma forma de amar. Devido a elevação e a antiguidade do Orixá para o qual eles trabalham, acabam transformando suas consultas em conselhos totalmente diferenciados dos demais Preto-velhos. Ou seja, se adaptam a qualquer assunto e falam deles exatamente com a precisão do momento. Como trabalha para Obaluaê, e este é o "dono das almas", esses Preto-velhos são geralmente chefes de linha e assim explica-se a facilidade para trabalhar para vários assuntos. Sua "visão" é de longo alcance para diversos assuntos, tornando-os capazes de traçar projetos distantes e longos para seus consulentes. Tanto pessoal como profissional e até espiritual. Assim exigem também fiel cumprimento de suas normas, para que seus projetos não saiam errado, para tanto, os filhos que os seguem, devem fazer passo a passo de tudo que lhe for pedido, apenas confiando nesses Preto-velhos. Quando o filho não faz isso, costumam tirar o que já lhe deu, para que o mesmo repense a importância desse Preto-velho em sua vida.
Gostam de contar histórias para enriquecer de conhecimento o médium e as pessoas a volta.
Não trabalham para saúde (essa função é do Erê de Obaluaê). Salvo se essa doença for proveniente de "trabalhos feitos - macumba".
São belos em suas incorporações, contudo mantendo uma enorme simplicidade. Sua fala é doce e meiga. Possuem a paciência das mães e a compreensão também. Cobram pouco de seus médiuns, apenas que eles cumpram a caridade sempre por amor nunca por obrigação. Sua especialidade maior é sem dúvida os conselhos sobre laços espirituais e familiares. Gostam também de trabalhar para fertilidade de um modo geral, e especialmente para as pessoas que desejam engravidar. Utilizando o movimento das ondas do mar, são excelentes para descarregos e passes. Cobram dos seus médiuns que lutem para ter um casamento feliz e sólido, pois para eles só assim poderão ajudar a outras pessoas nesse sentido, já que seu médium já vive essa realidade.
São bastante lentos na forma de incorporare tornam-se belos principalmente pela simplicidade contida em seus gestos. Raramente dão consulta, sua maior especialidade é o passe de energização. Cobram também bastante de seus médiuns, principalmente no que diz respeito a prática de caridade, assiduidade no terreiro e vaidade.
ALGUNS NOMES DE PRETOS VELHOS:
Pai Anacleto, Pai Antônio, Vovô Agripino, Pai Benedito, Pai Benguela, Pai Caetano, Pai Cipriano, Pai Congo, Pai Dindó, Pai Fabrício das Almas, Pai(Vovô) Firmino D'Angola, Pai Francisco, Pai Gregório, Pai Guiné, Vovô Gumercindo, Pai Jacó, Vovô Jeremias, Pai Jerônimo, Pai João, Pai João Baiano, Pai Joaquim, Pai Jobá, Pai Jobim, Pai José D'Angola, Pai Julião, Vovô Jurandir, Pai Malaquias, Pai Mané, Pai Miguel D'Arruda, Pai Roberto, Pai Serafim, Pai Serapião, Pai Severino, Pai Tomaz, Pai Tomé, Pai Zé.
História de Pai Benedito
Breve História de Pai Firmino
Gira na linha de congo ô lelé, trabalha que eu quero vê.
Pai Firmino é preto do congo, do congo, congo ê.
Trabalha na linha de congo, meu preto,
trabalha que eu quero vê”
Viveu na Bahia, em Ilhéus, trabalhou na lavoura do café. Era negro arredio, não gostava de receber ordens. Desde muito jovem sempre tentava fugir. Sofreu muito. Andou muito, seus pés eram grandes e inchados de tanto que corria, andava e fugia pelo interior da Bahia, chegando em Itabuna. Ainda jovem foi trazido para Pernambuco, trabalhando no canavial de sol a sol. Se o tronco e a chibata do feitor não resolvesse, a palha da cana se encarregava do resto. Foi aí que negro aprendeu que não adiantava a revolta, ela piorava ainda mais as coisas. Aprendeu a usar sua energia de negro valente na defesa de seu povo que com que ele vivia no Engenho. Ensinava ao povo a servir, contendo seus impulsos e a reverenciar os Orixás através das forças da natureza. Conhecia muitas ervas durante suas andanças e magias. Gostava de garapa de cana, vinho moscatel, tutu com carne de sol. Morreu jovem, com 75 anos.
Uma História de Pai Gregório
História de VOVÓ MARIA CONGA
Sentada em um toco de madeira no terreiro contou, certa vez, alguns fatos de sua vida em terra brasileira.
Começou dizendo que só o fato de podermos conviver com nossos filhos é uma grande dádiva. Naquele tempo as negras eram destinadas, entre outras coisas, a procriar, a gerar filhos que delas eram afastados muito cedo, até mesmo antes de serem desmamados. Outras negras alimentavam sua cria, assim como tantos outros “filhotes” foram alimentados pela Mãe Conga. Quase todas as mulheres escravas se transformavam em mães; cuidavam das crianças que chegavam à fazenda, rezando para que seus próprios filhos também encontrassem alento aonde quer que estivessem.
Os orixás africanos, desempenhavam papel fundamental nesta época. Diferentes nações africanas que antes guerreavam, foram obrigadas a se unir na defesa da raça e todos os orixás passaram a trabalhar para todo o povo negro. As mães tomavam conhecimento do destino de seus filhos através das mensagens dos orixás. Eram eles que pediam oferendas em momentos difíceis e era a eles que todos recorriam para afastar a dor.
Maria Conga teve que se utilizar de algumas “mirongas” para deixar de ser uma reprodutora, e assim, pelo fato de ainda ser uma mulher forte, restou-lhe a plantação de cana. A colheita era sempre motivo para muito trabalho e uma espécie de algazarra contagiava o lugar. Enquanto as mulheres cortavam a cana, as crianças, em total rebuliço, arrumavam os fardos para que os homens os carregassem até o local indicado pelo feitor. Foi numa dessas ocasiões que Maria Conga soube que um dos seus filhos, afastado dela quando já sabia andar e falar, era homem forte, trabalhando numa fazenda próxima.
Seu coração transbordou de alegria e nada poderia dissuadi-la da idéia de revê-lo. Passou então a escapar da fazenda, correndo de sol a sol, para admirar a beleza daquele forte negro. Nas primeiras vezes não teve meios de falar com ele, mas os orixás ouviram suas súplicas e não tardou para que os dois pudessem se abraçar e derramar as lágrimas por tanto tempo contidas. Parecia a ela que eles nunca tinham se afastado, pois o amor os mantivera unidos por todo o tempo.
Certa tarde, quase chegando na senzala, a negra foi descoberta. Apanhou bastante, mas não deixou de escapar novamente para reencontrar seu filho. Mais uma vez os brancos a pegaram na fuga, e como ela ainda insistisse uma terceira vez resolveram encerrar a questão: queimaram sua perna direita, um pouco acima da canela, para que ela não mais pudesse correr.
Impossibilitada de ver o filho, com menor capacidade de trabalho, a Vó Maria Conga virou parteira da senzala, passou a cuidar das crianças negras, e de seus doentes. Seu coração se encheu de tristeza ao saber que haviam matado seu filho quando tentava fugir para vê-la.Sua vida mudou. De alegre e tagarela passou a ser muito séria, cuidando do que falava até mesmo com os outros negros. Para as crianças contava histórias de reis negros em terras negras, onde não havia outro senhor. Sábia, experiente e calada, Vovó Maria Conga desencarnou.
Com lágrimas na alma ela acabou seu conto. Disse que só entendeu a medida do amor após a sua morte. Seu filho a esperava sorrindo, guardião que fora da mãe o tempo todo em que aguardava seu retorno ao mundo dos espíritos.
História de Pai Prêto (Pai Jeremias)
Com a implantação de fazendas de gado e cultura em Solo brasileiro, muitas vezes, ou quase sempre sacerdotes do Culto africano chegavam trazidos como escravos pelos navios de Contrabandistas que ganhavam a vida destruindo a de outros, entre Estes vindos de tão longe e com a missão dada por Oxalá de divulgar sua religião engrandecendo outras terras com sua sabedoria e bondade. Entre estes chegava, então, um jovem que estava Predestinado a ensinar amor e sabedoria. Ainda, menino foi Introduzido no trabalho árduo e sem trégua. Por sua bondade e sabedoria logo cativou a todos, até mesmo seus senhores, que, percebendo sua condição de tratar com animais feridos ou doentes, solicitavam sempre seus serviços, logo estando este Que seria um sacerdote em sua terra, curando e tratando pessoas a Pedido de seus senhores. Era ele, então, tratado diferente em Meio a tanta crueldade.Com esta oportunidade tinha, então, condição de cuidar dos seus, como predisse um escravo já velho que morrerá em suas mãos: seria ele chamado de pai pelos outros, por sua bondade de empenho em socorrer a todos, não importando se era escravo ou branco. Todos eram socorridos por Pai Preto, como era chamado pelos brancos. A fama de pai preto Correu longe em solo brasileiro, tanto que chegou, sem tardar, ao conhecimento dos missionários, vindos para catequizar os povos da nova terra. Pai Preto tinha, então, 85 anos, já velho e quase não mais conseguia andar, o que não impedia de continuar com suas curas e benzeduras. Mas chegou a ordem, e a orientação: Pai Preto era "feiticeiro" e devia morrer como todos de sua época. Os seus antigos senhores não tiveram coragem de cumprir a missão e então combinaram de esconder Pai Preto e este ficaria assim até a morte, cuidando, é claro, dos interesses de seus senhores. Mas Pai Preto, que nunca soube dizer não ou se intimidar por qualquer perigo, não se deteve e continuou com suas mirongas, suas rezas e sua caridade sem fim. Logo a notícia correu, seria um fantasma ou quem sabe ele teria ressuscitado para desafiar quem mandava? Nova ordem chegou: Então o "feiticeiro" deveria ser desenterrado e sua cabeça arrancada do corpo e enterrada em outro local, somente assim o "mal" deixaria de existir. Aqueles que tentaram esconder Pai Preto, agora com medo, decidiram matá-lo e cumprir o que lhes foi ordenado. Tendo assim, aos 86 anos, Pai Preto deixado o plano físico para trabalhar com suas mirongas em planos mais elevados. Hoje nós que aprendemos a amar a umbanda, com toda sua sabedoria, aprendemos sempre um pouco com aqueles que deixaram esta grande lição de vida e humanidade. Pai Preto É hoje para nós PAI JEREMIAS DO CRUZEIRO, que, ao lado de Omulu, traz a cura para os sofredores dos dois planos. Pai Jeremias recebeu de Oxossi o direito de trabalhar em sua vibração, o que para nós é motivo de mais felicidade, Pois como raizeiro e conhecedor das matas levou para o plano Espiritual este conhecimento para a benção dos filhos da Terra. Salve Pai Jeremias! Salve todos os Pretos Velhos! Adorei as Almas!
Alguns Pontos de Pretos Velhos
ELE MORA LÁ NA ÁFRICA, ELE MORA NA BAHIA
ELE MORA JUNTO COM AS ALMAS,
SE ELE É FILHO DE NAGÔ, SEU PADRINHO É SÃO JOSÉ
SE ELE É FILHO DE NAGÔ, SEU PADRINHO É SÃO JOSÉ...
Lá vem vovó descendo a serra com sua sacola.
Eu quero ver vovó, Eu quero ver...
Aruê PAI BENEDITO.
La nas matas tem folhas tem rosário de Nossa Senhora,(bis)
MINHA CACHIMBA TEM MIRONGA, MINHA CACHIMBA TEM DENDÊ (2x)
QUEM DUVIDA DA MINHA CACHIMBA, QUE VENHA VER , QUE VENHA VER (2x)
Vovó não quer casca de coco no terreiro. Vovó não quer casca de coco no terreiro. Prá não lembrar o tempo do cativeiro. Prá não lembrar o tempo do cativeiro.
UM PONTO DE BAHIA
Bahia, Oh! África vem cá nos ajudar... (2x)
As almas já acenderam o candeeiro, eh eh... lá no fundo do mar....(3x)
BLEM BLEM BLEM! BATERAM NA PORTA DO CÉU!
BLEM BLEM BLEM! SÃO PEDRO ABRIU PRA VER QUEM É!
MAS ERAM AS ALMAS, SANTAS BENDITAS
QUE SE PESAVAM NA BALANÇA MIGUEL!
Vovó tem 7 saias na última saia tem mironga.
Pai Benedito arreia uma vez só,
Chora meu cativeiro, meu cativeiro,meu cativerá (2x)
No tempo da escravidão, era quando o senhor me batia,
eu gritava por Nossa Senhora Meu Deus, como a pancada doía...
SENHORA DO ROSÁRIO, FOI QUEM ME TROUXE AQUI (2x)
A ÁGUA DO MAR É SANTA, EU VI, EU VI, EU VI (2x)
Seu cachimbo está no toco, manda moleque buscar(2x)
No alto da derrubada seu cachimbo ficou lá.(2x)
Ponto de Maria Conga
No terreiro do meu pai tem pemba, no terreiro do meu pai tem mironga
é no terreiro do meu pai que eu quero ver a velha Maria Conga(2x)
É o vento que balança a folha guiné, é o vento quer balança a folha ... (2x)
é é é é Pai Guiné.. é o vento que balança a folha ... (2x)
CAMINHOU CAMINHOU, PRETO VELHO CAMINHOU (2x)
LÁ NA ARUANDA MAIOR, PRETO VELHO CAMINHOU (2x)
Meu Santo Antonio é pequenino auê...
Cambinda velha estremeceu auê... mas não caíu no mundel
Segura o touro cambinda, amarra no mourão…
Com dendê, com dendê. Preto velho trabalha com dendê
Agora que eu quero ver. Preto Velho trabalha com dendê.
Preto na senzala bateu sua caixa deu viva a iaiá
Preto na senzala bateu sua caixa deu viva a ioiô (2x)
Viva iaiá- viva ioiô- viva Nossa Senhora o cativeiro se acabou (2x)
EU JÁ PLANTEI CAFÉ DE MEIA, EU JÁ PLANTEI CANAVIÁ, CAFÉ DE MEIA NÃO DÁ LUCROSINHA DONA CANAVIÁ, BOM LUCRO DÁ(OI DEIXA A UMBANDA MELHORAR)DEIXA A UMBANDA MELHORAR DEIXA A UMBANDA MELHORAR DEIXA A UMBANDA MELHORAR FILHOS DE FÉ DEIXA A UMBANDA MELHORAR
Que preto é esse ô calunga, que chegô agora calunga(2x)
É Pai Joaquim ô calunga, que veio da Angola, calunga...
A fumaça do caximbo da vovó, sobe, sobe que nem chaminé(2x)
Velha trabaia, trabaia, trabaia, mironga da velha ta di baixo do pé(2x)
Congo ê, Congo ê, Congo de sassaravá, Congo de sassaravá,
Segura seus filhos que Deus é maior...
ADOREI AS ALMAS, AS ALMAS ME ATENDERAM (2x)
ERAM AS ANTAS ALMAS, LÁ DO CRUZEIRO (2x)
Vamos levantar o Cruzeiro de Jesus (2x)
No céu, no céu, no céu da Santa Cruz (2x)
AIUÊ MEU CATIVEIRO, MEU CATIVEIRO MEU CATIVERÁ(2x)
Bate tambor lá na Angola, bate tambor,
Bate tambor, Pai Joaquim*... Bate tambor, Pai Gregório*...
Preto velho tá cansado de tanto trabaiá,
O risca ponto, risca pemba Que é longa a caminhada,
Saias de babado, Pimenta da costa, Colares e guias (2x)
É uma Preta Velha toda enfeitada Ela vem da Bahia
É Congo é Undelê, Undelê é o Rei de Congo. É Congo é Undelê, Undelê é o Naruê. (2x)
Léo léo, léo léô, Rei de Congo leléo, Rei de Congo leleô... (bis)
SENHORA DO ROSÁRIO
Senhora do Rosário, Foi quem me trouxe aqui.(2x)
A água do mar é santa,Eu vi, eu vi, eu vi. (2x)
Caminhou, caminhou, Preto-Velho caminhou. (2x)
Lá na Aruanda Maior, Preto-Velho caminhou. (2x)
SUNCÊ VAI GANHÁ
Meu pito tá apagado, Minha marafa acabou,
Eu vou trabaiá, Suncê vai ganhá,
RETIRADA DE PRETO-VELHO
A sineta do céu bateu, Oxalá já diz que é hora. (2x)
Eu vou, eu vou, eu vou, Fica com Deus e Nossa Senhora. (2x)